domingo, 13 de outubro de 2013



Achei linda a exposição 'campo de refugiados no coração da cidade'...é simplesmente incrível o trabalho da equipe médicos sem fronteiras. As Histórias são emocionantes, e te fazem pensar no quanto a vida pode ser difícil para essa população. Pessoas que tiveram que deixar suas casas para se refugiar em um lugar seguro, sem previsão de quando sair. Pessoas que dividem uma barraca com a família toda, ou com desconhecidos.  Pessoas que muitas vezes passam fome, que observam seus filhos desnutridos, que perderam pais, filhos, marido, esposa. Pessoas que sofreram agressões físicas e psicológicas antes de ir ao campo.

Fiquei lembrando de quantas e quantas vezes, nós reclamamos por bobagem, tendo tudo!! Tendo água limpa, comida, saúde e uma casa para morar.

Saí da exposição com o coração apertado e com a certeza que um dia, como futura técnica de enfermagem e Bióloga, irei passar um tempo, ajudando no campo dos refugiados.

sábado, 5 de outubro de 2013

"Eu só posso estar na vida do outro para fazer o bem, para acrescentar, caso contrário, eu sou perfeitamente dispensável."

- Fábio de Melo

Li essa frase há algum tempo, e por mais forte que seja, nunca achei algo tão verdadeiro. O fato é que estou passando por isso, deixei de ser indispensável pra uma pessoa que eu considerava muito. Os sinais do afastamento estavam claros, mas eu fingia não ver, afinal era mais fácil assim. Talvez parte do afastamento tenha sido minha culpa, deixei coisas acontecerem e acho que a pessoa não soube separar o lado do amor, do lado da amizade. Mesmo assim, me sinto triste. Quando a ficha caiu, chorei muito. Chorei porque nunca imaginei que essa amizade teria um ponto final, chorei porque amo demais meu amigo, chorei porque sei o quanto vou sentir falta dele, chorei porque não sei pra quem mais vou contar meus medos, minhas alegrias, minhas tristezas e até bobeiras. Chorei porque não sei como vai ser meu dia a dia, sem saber do dia dele. Chorei porque tudo agora será estranho. Chorei porque sinto medo.

Só que eu tinha que fazer isso, se a última conversa não tinha funcionado, e tudo continuava no mesmo silêncio... só me resta seguir em frente.  Não posso, e nem quero, forçar alguém a continuar meu amigo.

Sei que vai doer por muito tempo, mas amizade é uma via de mão dupla, e eu cansei de tentar ser amiga sozinha.


Foi bom enquanto durou!!

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Em uma tarde fria,com as nuvens cobrindo o sol e a chuva querendo cair, Ana pensou no quanto sentia falta dele. A saudade apertava todos os dias,mas nesses dias frios era como se piorasse. Fazia tanto tempo que não o via...como ele estaria? será que tinha conseguido aquele emprego novo?será que já amava alguém? "são só coisas" ela falou pra si mesma,"coisas que não devem me interessar mais". 
 Resolveu abrir o livro policial que comprou semana passada na promoção de dia das mães, tentou ler,não conseguiu. Preparou um chá,ligou a tv, pensou nas provas e trabalhos durante a semana, nada adiantou. As lembranças viam como choques, contínuos e dolorosos, não tinha como fugir. Quase conseguia senti-lo por perto,mesmo estando tão longe. Sentia o cheiro,a pele,ouvia o som da sua voz quando cantava Metallica. Como algo tão bom pode acabar de uma hora para outra? Como se acostumar com a falta de alguém que era tudo na sua vida? As pessoas diziam que Ana precisava de um novo amor,mas isso Ana não queria mais.

Quero coisas mais reais....