De nada adianta ter muitas conquistas se você não tiver com quem compartilhar. Ser feliz não tem nada a ver com o que você leva no bolso, mas sim, quem você carrega no coração.
Sean Wilhelm
"Trago dentro do meu coração, Como num cofre que não se pode fechar de tão cheio... Todos os lugares onde estive. Todos os portos a que cheguei. Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias, Ou de tombadilhos,sonhando. E isso tudo,que é tanto,é pouco para o que quero"
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Sobre possibilidades
Semana passada estava revendo o filme 'As férias da minha vida', filme ótimo por sinal. Foi quando me lembrei, que graças a esse filme, eu acabei fazendo um caderno de possibilidades. Estava em uma fase triste, onde um relacionamento longo havia chegado ao fim, e esse caderno me motivou bastante.
Para quem não viu o filme, o caderno de possibilidades consiste em escrever coisas que você deseja realizar. Pode ser algo bobo e fácil, mas que você nunca fez. Ou algo mais complicado.
Meu caderninho, na verdade é uma agenda velha. Adoro colocar coisas novas e ir riscando o que já realizei.
Esse é o meu:
Pra você que quer organizar suas vontades, objetivos, sonhos. Vale a pena ter um =)
Para quem não viu o filme, o caderno de possibilidades consiste em escrever coisas que você deseja realizar. Pode ser algo bobo e fácil, mas que você nunca fez. Ou algo mais complicado.
Meu caderninho, na verdade é uma agenda velha. Adoro colocar coisas novas e ir riscando o que já realizei.
Esse é o meu:
Pra você que quer organizar suas vontades, objetivos, sonhos. Vale a pena ter um =)
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Eu sei que tudo isso serão apenas histórias algum dia. E nossas fotos se tornarão velhas fotografias. E todos nós nos tornaremos mãe ou pai de alguém. Mas agora, exatamente agora, esses momentos não são histórias. Está acontecendo. Eu posso ver. E nesse momento, eu juro, nós somos infinitos.
As Vantagens de ser Invisível
Enquanto leio isso, me bate uma saudade absurda! Aquele tipo de saudade que dá um nó na garganta e você precisa respirar fundo para não engasgar =(
Muitas vezes eu desejei que houvesse alguém pronto para me segurar no final de cada salto. Uma rede de segurança bem firme, logo abaixo, pronta para aguentar a pressão do vento comigo. Porém, há cada dia, eu percebo que não é sobre o choque final, e sim sobre o momento anterior: quem está com você. Quem segurou sua mão. Quem passou em cima dos próprios medos, inseguranças, traumas, lembranças boas e ruins, para poder pular com você.
Se há alguém segurando sua mão, não é necessário destino. O maior impacto não é o vento gelado, ou a água revolta, ou o que for: são cinco dedos entre os seus. Firmes, fortes. Sem medo da queda. Sem medo de você.
- Mariana santarém
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
"A memória é influenciada por dois mecanismos. O primeiro é a negligência sobre a duração das nossas experiências, ou seja, um instante de alegria intensa vale mais do que uma semana de felicidade moderada. E o segundo é a tendência a atribuir muita importância aos momentos que vêm por último, ou seja: se você for assaltado no último dia das suas férias, certamente se lembrará delas de forma ruim, mesmo que antes tenha passado 15 dias maravilhosos na praia. É como em um filme. As reviravoltas e o final são mais marcantes do que o restante da história. E isso pode nos levar a julgamentos equivocados...
Não confie demais nas próprias memórias. O simples ato de se lembrar de uma coisa é o suficiente para distorcê-la."
- Revista Superinteressante
Não confie demais nas próprias memórias. O simples ato de se lembrar de uma coisa é o suficiente para distorcê-la."
- Revista Superinteressante
domingo, 13 de outubro de 2013
Achei linda a exposição 'campo de refugiados no coração da cidade'...é simplesmente incrível o trabalho da equipe médicos sem fronteiras. As Histórias são emocionantes, e te fazem pensar no quanto a vida pode ser difícil para essa população. Pessoas que tiveram que deixar suas casas para se refugiar em um lugar seguro, sem previsão de quando sair. Pessoas que dividem uma barraca com a família toda, ou com desconhecidos. Pessoas que muitas vezes passam fome, que observam seus filhos desnutridos, que perderam pais, filhos, marido, esposa. Pessoas que sofreram agressões físicas e psicológicas antes de ir ao campo.
Fiquei lembrando de quantas e quantas vezes, nós reclamamos por bobagem, tendo tudo!! Tendo água limpa, comida, saúde e uma casa para morar.
Saí da exposição com o coração apertado e com a certeza que um dia, como futura técnica de enfermagem e Bióloga, irei passar um tempo, ajudando no campo dos refugiados.
sábado, 5 de outubro de 2013
"Eu só posso estar na vida do outro para fazer o bem, para acrescentar, caso contrário, eu sou perfeitamente dispensável."
- Fábio de Melo
Li essa frase há algum tempo, e por mais forte que seja, nunca achei algo tão verdadeiro. O fato é que estou passando por isso, deixei de ser indispensável pra uma pessoa que eu considerava muito. Os sinais do afastamento estavam claros, mas eu fingia não ver, afinal era mais fácil assim. Talvez parte do afastamento tenha sido minha culpa, deixei coisas acontecerem e acho que a pessoa não soube separar o lado do amor, do lado da amizade. Mesmo assim, me sinto triste. Quando a ficha caiu, chorei muito. Chorei porque nunca imaginei que essa amizade teria um ponto final, chorei porque amo demais meu amigo, chorei porque sei o quanto vou sentir falta dele, chorei porque não sei pra quem mais vou contar meus medos, minhas alegrias, minhas tristezas e até bobeiras. Chorei porque não sei como vai ser meu dia a dia, sem saber do dia dele. Chorei porque tudo agora será estranho. Chorei porque sinto medo.
Só que eu tinha que fazer isso, se a última conversa não tinha funcionado, e tudo continuava no mesmo silêncio... só me resta seguir em frente. Não posso, e nem quero, forçar alguém a continuar meu amigo.
Sei que vai doer por muito tempo, mas amizade é uma via de mão dupla, e eu cansei de tentar ser amiga sozinha.
Foi bom enquanto durou!!
- Fábio de Melo
Li essa frase há algum tempo, e por mais forte que seja, nunca achei algo tão verdadeiro. O fato é que estou passando por isso, deixei de ser indispensável pra uma pessoa que eu considerava muito. Os sinais do afastamento estavam claros, mas eu fingia não ver, afinal era mais fácil assim. Talvez parte do afastamento tenha sido minha culpa, deixei coisas acontecerem e acho que a pessoa não soube separar o lado do amor, do lado da amizade. Mesmo assim, me sinto triste. Quando a ficha caiu, chorei muito. Chorei porque nunca imaginei que essa amizade teria um ponto final, chorei porque amo demais meu amigo, chorei porque sei o quanto vou sentir falta dele, chorei porque não sei pra quem mais vou contar meus medos, minhas alegrias, minhas tristezas e até bobeiras. Chorei porque não sei como vai ser meu dia a dia, sem saber do dia dele. Chorei porque tudo agora será estranho. Chorei porque sinto medo.
Só que eu tinha que fazer isso, se a última conversa não tinha funcionado, e tudo continuava no mesmo silêncio... só me resta seguir em frente. Não posso, e nem quero, forçar alguém a continuar meu amigo.
Sei que vai doer por muito tempo, mas amizade é uma via de mão dupla, e eu cansei de tentar ser amiga sozinha.
Foi bom enquanto durou!!
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Em uma tarde fria,com as nuvens cobrindo o sol e a chuva querendo cair, Ana pensou no quanto sentia falta dele. A saudade apertava todos os dias,mas nesses dias frios era como se piorasse. Fazia tanto tempo que não o via...como ele estaria? será que tinha conseguido aquele emprego novo?será que já amava alguém? "são só coisas" ela falou pra si mesma,"coisas que não devem me interessar mais".
Resolveu abrir o livro policial que comprou semana passada na promoção de dia das mães, tentou ler,não conseguiu. Preparou um chá,ligou a tv, pensou nas provas e trabalhos durante a semana, nada adiantou. As lembranças viam como choques, contínuos e dolorosos, não tinha como fugir. Quase conseguia senti-lo por perto,mesmo estando tão longe. Sentia o cheiro,a pele,ouvia o som da sua voz quando cantava Metallica. Como algo tão bom pode acabar de uma hora para outra? Como se acostumar com a falta de alguém que era tudo na sua vida? As pessoas diziam que Ana precisava de um novo amor,mas isso Ana não queria mais.
Resolveu abrir o livro policial que comprou semana passada na promoção de dia das mães, tentou ler,não conseguiu. Preparou um chá,ligou a tv, pensou nas provas e trabalhos durante a semana, nada adiantou. As lembranças viam como choques, contínuos e dolorosos, não tinha como fugir. Quase conseguia senti-lo por perto,mesmo estando tão longe. Sentia o cheiro,a pele,ouvia o som da sua voz quando cantava Metallica. Como algo tão bom pode acabar de uma hora para outra? Como se acostumar com a falta de alguém que era tudo na sua vida? As pessoas diziam que Ana precisava de um novo amor,mas isso Ana não queria mais.
domingo, 22 de setembro de 2013
sábado, 7 de setembro de 2013
Medo de se apaixonar
Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada.
Fabrício Carpinejar
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Mas antes
Ela saiu de casa batendo a porta. Mas antes, ele tinha mandado ela tomar no cu.
Mas antes, ela tinha pedido que ele pelo menos limpasse a merda que fez. Mas
antes, ele tinha derramado vinho no tapete. Mas antes, ela tinha duvidado de que
ele derramaria o vinho todo no tapete. Mas antes, ele tinha dito que derramaria
o vinho todo no tapete. Mas antes, ela tinha dito que a culpa não era dela de
ele não ter um emprego. Mas antes, ele tinha dito que ela não precisava jogar na
cara que ele não tinha dinheiro nem para comprar um tapete. Mas antes, ela tinha
dito que a mãe dela merecia respeito, afinal de contas era ela quem tinha
mobiliado o apartamento, do ventilador ao tapete. Mas antes, ele tinha dito que
a mãe dela era uma vaca. Mas antes, a mãe dela tinha saído do apartamento
batendo a porta. Mas antes, ele tinha pedido que a mãe dela saísse, de
preferência sem bater a porta. Mas antes, a mãe dela tinha dito que ele estava
mais gordo. Mas antes, ele tinha dito que a mãe dela estava mais velha. Mas
antes, a mãe dela perguntou se ele tinha conseguido o emprego. Mas antes, ele
disse que a mãe dela chegar de surpresa era só o que faltava. Mas antes, a mãe
dela tinha chegado de surpresa. Mas antes, eles tinham se beijado e pedido
desculpas e prometido que não iam brigar. Mas antes, ele perguntou por que é que
nada que ele faz nunca está bom. Mas antes, ela tinha reclamado que ele não
sabia nem abrir um vinho. Mas antes, ele tinha tentado abrir um vinho. Mas
antes, ela tinha sugerido que ele abrisse o vinho. Mas antes, eles tinham se
beijado. Mas antes, eles tinham deixado os filhos na casa da irmã dele. Mas
antes, eles tinham dito que seria uma noite linda. Mas antes, eles tinham
passado no supermercado e comprado o melhor vinho. Mas antes, ela tinha dito que
tinha muito orgulho do marido que ele era. Mas antes, ele tinha chorado porque
não era assim que ele se imaginava aos 35. Mas antes, ele tinha sido recusado na
entrevista de emprego. Mas antes, ela tinha dito que confiava cegamente nele.
Mas antes, ele tinha dito que era só uma entrevista de emprego, e que nada
estava certo ainda. Mas antes, eles tinham combinado de comemorar as duas
coisas, o aniversário e o emprego novo. Mas antes, eles tinham acordado e
percebido que, naquela noite, eles iriam comemorar sete anos juntos. Mas antes,
eles tinham sido felizes. Isso antes.
- Gregório duvivier
- Gregório duvivier
terça-feira, 6 de agosto de 2013
"Eu sentia que era um pouco diferente dos outros. As pessoas festejavam cada aniversário, todo ano a mesma coisa, e eu imaginava quem frequentaria meu velório. Às vezes eu perguntava às pessoas se elas chorariam se eu morresse. Então passei a separar as pessoas em três grupos: um – aqueles que eu tinha certeza que chorariam; dois – as pessoas que mentiram que chorariam, com aquela cabeça meio inclinada para o lado, típica dos farsantes; três – as pessoas que explodiram uma risada na minha cara. Para essas eu dediquei a minha existência, foi atrás dessas que eu fui, todos esses anos. As pessoas que riam na minha cara (às vezes de mim, às vezes comigo). Os camaradas que tinham fé em nada, porque sabem que a fé é um jeito aceitável que aprendemos de duvidar. Onde há fé, existe a dúvida. Você não precisa ter fé no que você sabe que existe, no que é sólido e permanente. Ter fé é acreditar. Acreditando, às vezes, você é feito de bobo."
- Gabito nunes
- Gabito nunes
terça-feira, 23 de julho de 2013
quarta-feira, 17 de julho de 2013
domingo, 30 de junho de 2013
O que eu poderia dizer a você, Catarina? A verdade? A verdade você já sabia, você tinha acabado de descobrir. As pessoas quebram. Até as meninas quebram. E, se as meninas quebram, você também pode quebrar. E vai, Catarina. Vai quebrar. Talvez não a perna, mas outras partes de você. Membros invisíveis podem fraturar em tantos pedaços quanto uma perna ou um braço. E doer muito mais. E doem mais quando são outros que quebram você, às vezes pelas suas costas, em outras fazendo um afago, em geral contando mentiras ou inventando verdades. Gente cheia de medo, Catarina, que tem tanto pavor de quebrar, que quebram outros para manter a ilusão de que são indestrutíveis e podem controlar o curso da vida. E dão nomes mais palatáveis para a inveja e para o ódio que os queima. Mas à noite, Catarina, à noite, eles sabem.(...)"
Eliane Brum - A Menina Quebrada
Eliane Brum - A Menina Quebrada
quarta-feira, 26 de junho de 2013
sábado, 22 de junho de 2013
'Verás que um filho teu não foge a luta...'
Dia 20 de junho de 2013,o povo foi as ruas (de novo)... as passagens nos transportes públicos voltaram para o preço anterior,mas a luta nunca foi apenas pelos 0,20 centavos.
Queremos melhorias na saúde pública!
Queremos educação!
Queremos salários decentes!
Queremos segurança!
Queremos politicos corruptos na cadeia!
Muita coisa tem que mudar para o Brasil ser o País de todos!
Agora é hora de focar em um problema de cada vez,e continuar as manifestações pacificas!
O povo acordou!!
terça-feira, 28 de maio de 2013
"Quando morre alguém que a gente ama, seja amigo, amado, alguém da família, todo o resto diminui, fica encoberto por um nevoeiro, tudo para. O mundo é pura sombra, o planeta não gira, e se gira não interessa. Estamos petrificados no choque, na dor, na inconformidade, às vezes na autocompaixão.
A Morte, amiga indesejada, vai colhendo alguns dos que mais amamos, e os esconde nas suas largas mangas. Quando trabalhamos ou nos divertimos, ela passeia pelas praças, sobe nos telhados mais altos, e aponta aqui e ali seu dedo ossudo: este, este, esta, aquela. Às vezes vários num só golpe.
Ela é natural, dizem; é inevitável, sabemos. Mas a gente não entende, não aprende, não se conforma. Porque não se decifra esse enigma. Porque não somos bons alunos nessa dura escola."
É tia,você aguentou enquanto pode...os bons momentos sempre vão ficar!!
A Morte, amiga indesejada, vai colhendo alguns dos que mais amamos, e os esconde nas suas largas mangas. Quando trabalhamos ou nos divertimos, ela passeia pelas praças, sobe nos telhados mais altos, e aponta aqui e ali seu dedo ossudo: este, este, esta, aquela. Às vezes vários num só golpe.
Ela é natural, dizem; é inevitável, sabemos. Mas a gente não entende, não aprende, não se conforma. Porque não se decifra esse enigma. Porque não somos bons alunos nessa dura escola."
É tia,você aguentou enquanto pode...os bons momentos sempre vão ficar!!
sábado, 25 de maio de 2013
domingo, 19 de maio de 2013
sábado, 18 de maio de 2013
terça-feira, 14 de maio de 2013
"Nós podemos explicar o azul-pálido desse pequeno mundo que conhecemos muito bem. Se um cientista alienígena, recém-chegado às imediações de nosso Sistema Solar, poderia fidedignamente inferir oceanos, nuvens e uma atmosfera espessa, já não é tão certo. Netuno, por exemplo, é azul, mas por razões inteiramente diferentes. Desse ponto distante de observação, a Terra talvez não apresentasse nenhum interesse especial. Para nós, no entanto, ela é diferente. Olhem de novo para o ponto. É ali. É a nossa casa. Somos nós. Nesse ponto, todos aqueles que amamos, que conhecemos, de quem já ouvimos falar, todos os seres humanos que já existiram, vivem ou viveram as suas vidas. Toda a nossa mistura de alegria e sofrimento, todas as inúmeras religiões, ideologias e doutrinas econômicas, todos os caçadores e saqueadores, heróis e covardes, criadores e destruidores de civilizações, reis e camponeses, jovens casais apaixonados, pais e mães, todas as crianças, todos os inventores e exploradores, professores de moral, políticos corruptos, "superastros", "líderes supremos", todos os santos e pecadores da história de nossa espécie, ali - num grão de poeira suspenso num raio de sol. A Terra é um palco muito pequeno em uma imensa arena cósmica. Pensem nos rios de sangue derramados por todos os generais e imperadores para que, na glória do triunfo, pudessem ser os senhores momentâneos de uma fração desse ponto. Pensem nas crueldades infinitas cometidas pelos habitantes de um canto desse pixel contra os habitantes mal distinguíveis de algum outro canto, em seus freqüentes conflitos, em sua ânsia de recíproca destruição, em seus ódios ardentes. Nossas atitudes, nossa pretensa importância de que temos uma posição privilegiada no Universo, tudo isso é posto em dúvida por esse ponto de luz pálida. O nosso planeta é um pontinho solitário na grande escuridão cósmica circundante. Em nossa obscuridade, no meio de toda essa imensidão, não há nenhum indício de que, de algum outro mundo, virá socorro que nos salve de nós mesmos. (...)"
- Carl Sagan
quarta-feira, 1 de maio de 2013
..."Fico me perguntando se vai ser isso, se é isso que quero pra mim. Acho que chega um ponto crucial em que a gente se preocupa com o que está fazendo afinal de contas nesse mundo. Será que é o suficiente? Meu trabalho muda alguma coisa na humanidade? Até que ponto a propaganda influencia a vida das pessoas? Até que ponto a moda influencia a vida das pessoas? Sei lá, vejo tanta gente passando fome, necessidade, doente, precisando de ajuda, de remédio, de transplante e me pergunto se a gente não é fútil demais se preocupando com a porra da unha que descascou.
Eu podia ser melhor. Uma pessoa melhor, filha melhor, irmã melhor, tia melhor, sobrinha melhor, mulher melhor, mãe de cachorro melhor. Sinto que não sou boa o suficiente, que não faço o suficiente para o mundo. A gente sempre quer mais. Por que, então, não fazemos mais? O ser humano só quer, quer, quer. E a doação onde fica? E a compaixão? E a ação? Acho que todo mundo podia fazer mais. Além do seu trabalho, o que mais você faz? O que faz efetivamente para melhorar o mundo e as pessoas? Acho que falta colocar a mão na consciência. Não adianta tapar o sol com a peneira e fingir que não vê. Precisamos encarar as coisas de frente. Você precisa se encarar de frente."
- Clarissa corrêa
quinta-feira, 25 de abril de 2013
De qualquer modo, escrevi sobre uma rã que encontrei no jardim, com uma das pernas presa numa cerca de arame. Não podia se soltar. Eu tirei a perna dela da cerca, mas mesmo assim ela não podia se mover. Por isso eu peguei ela no colo e conversei com ela. Disse que eu também estava preso, que minha vida tinha ficado presa em alguma coisa. Conversei com ela durante um longo tempo. Finalmente, a rã saltou do meu colo e saiu saltando pela grama afora, e desapareceu num matagal. E eu disse a mim mesmo que ela era a primeira coisa de que eu já sentira saudade em minha vida.
Charles Bukowski
Charles Bukowski
terça-feira, 9 de abril de 2013
"Se ainda não temos a técnica de versar sobra industrial em combustível, pelo menos deixe-se descobrir que lixo sentimental pode ser a gasolina alternativa pra te jogar pra frente. Tudo que arde, flama. Tudo que flama vira carvão. Com carvão se abastece fogueira. E é a fogueira acesa dentro de nós que devolve a luz no fim do túnel ou do namoro. Comece - ironicamente - seguindo o conselho de quem deixou de te amar. Cuide de você."
sábado, 30 de março de 2013
sábado, 23 de março de 2013
terça-feira, 19 de março de 2013
'Eu poderia me reinventar te contando como passei meus últimos dias, mas penso que as informações seriam meio incompletas, só sei do gosto de vodca e preguiça que não levantam comigo, misturados com o perfume agressivo de outros rapazes que dormi junto desejando acordar nunca mais. Os papos chatos, os sabores de beijos secos que não se sobrepõem ao seu na minha língua, as músicas altas demais que ouço com a manifesta intenção de estourar um tímpano, e explodir dentro de mim tudo que você ainda representa. Olha pra mim. Ando finalmente me divertindo, sendo feliz pela noite, e transcorrendo os dias como se o futuro bonito fosse o que realmente parece ser - apenas um elogio falso pra gente sentir que sonhar é tão bacana quanto viver. Embora eu ainda acorde quente e molhada de pesadelos que tenho contigo, sempre de olhos abertos e inchados, claro. Dele, eu interpreto que o amor não passa de um cachorro louco, dando voltas, correndo atrás do rabo, babando doente de raiva. Você é meu eterno agosto, rapaz. Louco e amargo.'
Gabito Nunes
segunda-feira, 18 de março de 2013
"- Pretende passar sua vida inteira fugindo? -Perguntou Tyrion,antes que ela escapasse pela porta.
Aquilo a fez parar.Suas bochechas ficaram rosas brilhante,e ele teve medo de que ela fosse chorar novamente.Em vez disso,encarou-o desafiadoramente e disse:
- Você está fugindo também.
- Estou- ele confessou-Mas estou fugindo para e você está fugindo de,e há um mundo de diferenças aí."
Aquilo a fez parar.Suas bochechas ficaram rosas brilhante,e ele teve medo de que ela fosse chorar novamente.Em vez disso,encarou-o desafiadoramente e disse:
- Você está fugindo também.
- Estou- ele confessou-Mas estou fugindo para e você está fugindo de,e há um mundo de diferenças aí."
sábado, 2 de março de 2013
"Como podia o mundo voltar a ser o que era depois de tudo isso? Mas, no fim, é só uma coisa passageira, até tudo passar. Um novo dia virá. E, quando o sol brilhar, brilhará ainda mais forte. Eram essas as histórias que ficavam nas lembranças, que significavam algo. Mesmo que você fosse pequeno demais para entender o por quê. Mas acho, que entendo, sim. Agora eu sei. As pessoas dessas histórias tinham várias oportunidades de voltar atrás mas não voltavam. Elas seguiam em frente, porque tinham no que se agarrar."
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
"… Viver cada dia como se fosse o último – esse era o conselho convencional, mas na verdade quem tinha energia para isso? E se talvez chovesse ou você estivesse de mau humor? Simplesmente não era prático. Era bem melhor tentar ser boa, corajosa, audaciosa e se esforçar para fazer a diferença. Não exatamente mudar o mundo, mas um pouquinho ao redor. Seguir em frente, com paixão e uma máquina de escrever elétrica e trabalhar duro em… Alguma coisa. Mudar a vida das pessoas através da arte, talvez. Alegrar os amigos, permanecer fiel aos próprios princípios, viver com paixão, bem e plenamente. Experimentar coisas novas. Amar e ser amada, se houver oportunidade…"
(Um dia - David Nicholls)
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
"As pessoas destroem sua confiança e depois partem. Você nunca consegue conhecer alguém completamente, não importa o quanto você ache que conheça. As pessoas sempre omitirão partes de suas vidas. Sempre haverá alguma verdade sobre elas que você nunca saberá. Ou talvez, algum dia, você conheça a verdade que elas escondem e vai concluir que era melhor nunca ter descoberto."
(Bem mais perto)
(Bem mais perto)
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Eu já sabia...
"O de sempre, basicamente: ainda que com a porta fechada, pela janela eles pousam no meu quarto com alguma das asas machucadas, sofridos, desmoronando, com uma carinha irresistível de choro. Eu dou meu carinho de mãe, meu amor de mulher, meu papo de irmã mais nova, meus conselhos de melhor amiga e quando eles ficam mais corados e sorridentes, lá se vão, batendo as asas, para alguém mais ensolarado que eu. A mesma coisa, toda vez. Eles vêm, eu os conserto, eles vão. Eles vêm, eu os conserto, eles vão. Eles vêm, eu os conserto, eles vão.
Talvez eu seja algum tipo de oficina de homens que sofreram maus tratos de algum momento do relacionamento anterior. Quem sabe eu compre um espaço no jornal e coloque um anúncio com a descrição dos serviços oferecidos, pois claramente meu negócio está indo bem. Deveria existir uma parte no meu cérebro, um órgão qualquer, que regule as propagandas enganosas que chegam à tela do meu córtex, que selecione melhor o que vai me tirar o ar, já que que auto-censura nunca foi meu forte.
Acho que é por esta razão que as pessoas tanto associam o amor à mágica. Às vezes alguém me mostra um pouco dele, e depois o faz desaparecer numa cartola. E eu me pergunto: ei, como você consegue fazer isso?
Aí, eu encontrei você, nós nos conhecemos, eu te consertei, te fiz perfeito pra mim, nos amamos, moramos juntos e agora você está voltando pra casa.
Naquele cenário infeliz de sobras de chá de cidreira, lenços de papel amassados pelo chão, cobertor no sofá, cadeiras fora do lugar, mala aberta por sobre a cama, livros e CDs embrulhados, dentes e sorrisos guardados, eu não disse nada, quase nada, até porque seria uma deformidade. Mas estou dizendo agora. Desculpa por nunca considerar você uma aposta segura e razoável, por ficar noites de guarda te esperando cometer um erro dantesco e irreparável e definitivo todas as sessenta semanas que passamos juntos, e que devem ter sido incríveis – um dia, quando tudo isso passar, e eu me esquecer do seu rosto me dizendo "eu quero que você se dane", você me conta. Desculpa por nunca, em nenhum momento, deixar de acreditar que lá fora existia um cara imperfeito pra mim, ou pelo menos melhor do que você, em todos os aspectos. Desculpa por agir feito uma diabinha sempre espetando com um tridente nossos ocasionais dias de sossego.
É que na minha cabeça já estava tudo preparado pra dar errado. Eu não mudei toda minha estrutura de vida, eu não conheci seus amigos de infância, eu não planejei uma viagem de férias, eu não parei com a pílula, eu não... nada. Eu sempre vivi uma vida de propagandas e na primeira oferta concreta e interessante que recebi, era tarde, eu já tinha vendido minha alma.
Quando eu te chamava de "amor", não sei, era só um modo de falar. Talvez minha liberdade seja um poste sem iluminação onde ficarei acorrentada pelos tornozelos para sempre. Porque, eu sei. Tudo pode mudar o tempo todo e, tola, sofro desse medo; quando o real perigo à espreita é nada acontecer.
E nada aconteceu. Eu meio que sabia onde as coisas iam dar – foi quase, mas não deram. Não deu. Não dei. Valeu a tentativa, o empenho, o interesse. Eu não estava prestando muita atenção, mas posso sentir em algum lugar aqui dentro de mim que foi bonito. A gente ainda vai se falar por aí, essa não é a conversa final, eu sei como você é."
- Gabito nunes
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
Não sei, até hoje não sei se o príncipe era um deles. Eu não podia saber, ele não falava. E, depois, ele não veio mais. Eu dava um cavalo branco para ele, uma espada, dava um castelo e bruxas para ele matar, dava todas essas coisas e mais as que ele pedisse, fazia com a areia, com o sal, com as folhas dos coqueiros, com as cascas dos cocos, até com a minha carne eu construía um cavalo branco para aquele príncipe... mas ele não queria, acho que ele não queria, e eu não tive tempo de dizer que quando a gente precisa que alguém fique a gente constrói qualquer coisa, até um castelo.
(Caio Fernando Abreu)
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
"Gostava mais dele do que das reticências que tinha estipulado pra sua vida. Fugia porque gostava dele e de todas as coisas que havia sobre ele. E em cada lugar que ia, guardava um pouco do que ela tinha sido pra não se esquecer de quem ele era. E conseguiu esquecer-se dele. Quando se deu conta disso, entendeu o porquê de fugir tanto assim.
Ele a amava.
E ela, depois de conhecer o mundo e ver de tudo e de todos, sabia que faltava algo nela.
Era ele.
Decidiu deixar pra lá. Como fazia em todos os fins de tarde. Mesmo que isso arrancasse dela um pedaço seu todos os dias."
Ele a amava.
E ela, depois de conhecer o mundo e ver de tudo e de todos, sabia que faltava algo nela.
Era ele.
Decidiu deixar pra lá. Como fazia em todos os fins de tarde. Mesmo que isso arrancasse dela um pedaço seu todos os dias."
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
" Está sentada no meu forte, onde tive meus grandes pensamentos. Foi aqui que fiquei pensando em você, logo que nos conhecemos. No início, você não parecia real. Eu nunca tinha visto tantas cores numa garota. Mas você combinava com aquele lugar. Você e todas as suas cores. Lembra-se da primeira coisa que você me disse? (Estou perdida.). Ah você não parecia perdida. A mim não parecia. A história de não conversar não durou muito. Em pouco tempo, não conseguia fazer você parar de falar. Mas você era uma graça tentando me impressionar com William Blake e seus grandes planos. Eu não fazia idéia do que você estava falando... mas estava adorando seu jeito de falar. Na verdade não entendia nada. Eu me apaixonei por você naquele instante. A vida havia mudado. E agora mudou de novo amor. Não é de mim que eu me preocupo que você não se lembre. Mas não se esqueça da garota espontânea que você era. "Meu negócio é criar. O que a gente faz não importa". Você me disse isso, lembra-se? P.S.: Bem, vá para casa. Descubra. Descubra aquela coisa que torna você uma pessoa única. Eu vou ajudar. Procure um sinal. Se precisar arrumar um emprego para viver, seja realista, amor. Não pode ser agente secreta, e não existem caça-vampiros."
domingo, 27 de janeiro de 2013
sábado, 12 de janeiro de 2013
"A morte por si só, é uma piada pronta.
A morte é ridículo.
Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário.
Tem planos para semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório...
Colocar gasolina no carro e no meio da tarde...
MORRE.
Como assim?
E os e-mails que você ainda não abriu?
O livro que ficou pela metade?
O telefonema que você prometeu dar a tardinha para um cliente?
Não sei de onde tiraram esta idéia:
MORRER...
A troco de que?
Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviram para nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente.
Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego. Mas não desistiu.
Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de duvidas quanto à profissão escolhida...
Mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente...
De uma hora pra outro, tudo isso termina...
Numa colisão na freeway...
Numa artéria entupida...
Num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis...
Qual é?
Morrer é um chiste.
Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida.
Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas...
Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas...
A apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.
Logo você que dizia: das minhas coisas cuido eu.
Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer.
Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manha.
Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito...
Isso é para ser levado a sério?
Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem vindo...
Já não há muito mesmo a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas.
ok, hora de descansar em paz.
Mas antes de viver tudo?
Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas.
Morrer é um exagero.
E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas.
Só que esta não tem graça.
Por isso viva tudo que há para viver.
Não se apegue as coisas pequenas e inúteis da vida...
Perdoe...
Sempre!!"
- Pedro Bial
A morte é ridículo.
Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário.
Tem planos para semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório...
Colocar gasolina no carro e no meio da tarde...
MORRE.
Como assim?
E os e-mails que você ainda não abriu?
O livro que ficou pela metade?
O telefonema que você prometeu dar a tardinha para um cliente?
Não sei de onde tiraram esta idéia:
MORRER...
A troco de que?
Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviram para nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente.
Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego. Mas não desistiu.
Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de duvidas quanto à profissão escolhida...
Mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente...
De uma hora pra outro, tudo isso termina...
Numa colisão na freeway...
Numa artéria entupida...
Num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis...
Qual é?
Morrer é um chiste.
Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida.
Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas...
Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas...
A apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.
Logo você que dizia: das minhas coisas cuido eu.
Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer.
Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manha.
Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito...
Isso é para ser levado a sério?
Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem vindo...
Já não há muito mesmo a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas.
ok, hora de descansar em paz.
Mas antes de viver tudo?
Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas.
Morrer é um exagero.
E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas.
Só que esta não tem graça.
Por isso viva tudo que há para viver.
Não se apegue as coisas pequenas e inúteis da vida...
Perdoe...
Sempre!!"
- Pedro Bial
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